Sempre tive vontade de ler José Saramago, já que ouvi, incasáveis vezes, muitos elogios sobre a sua ótima literatura. No entanto, sempre adiei essa leitura, por saber que seus textos são densos, escritos em um português de portugal clássico, ou seja, preguiça minha.
Agora, com as declarações que este Nobel de Literatura proferiu contra a religião e a igreja, sinto-me não só mais motivada ainda para lê-lo mas na obrigação de fazer isso. Quando leio o pensamento ateu de figuras nobres como Saramago, sinto-me lisonjeada de compartilhar das mesmas ideias que ele.
A seguir, algumas das declarações que o mestre deu hoje para Zero Hora:
21 de outubro de 2009 N° 16131
LITERATURA
Saramago desafia a Igreja
Agora, com as declarações que este Nobel de Literatura proferiu contra a religião e a igreja, sinto-me não só mais motivada ainda para lê-lo mas na obrigação de fazer isso. Quando leio o pensamento ateu de figuras nobres como Saramago, sinto-me lisonjeada de compartilhar das mesmas ideias que ele.
A seguir, algumas das declarações que o mestre deu hoje para Zero Hora:
21 de outubro de 2009 N° 16131
LITERATURA
Saramago desafia a Igreja
Ao lançar novo livro, em que reconta o mito de Caim, o Nobel de Literatura é recriminado por líderes religiosos
A Igreja Católica está ofendida com as mais recentes declarações do escritor português José Saramago, de 87 anos. Domingo, ao lançar seu novo livro, na cidade de Penafiel, no distrito do Porto, em Portugal, o Nobel de Literatura havia qualificado o Deus bíblico como “cruel, invejoso e insuportável”.Em Lisboa, um representante oficial do episcopado sugeriu que Saramago tomasse “um caminho mais sério”:
– Ele pode fazer críticas, mas entrar em um gênero de ofensas não fica bem a ninguém, muito menos a um Prêmio Nobel – disse o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa, Manuel Marujão, acrescentando que as declarações do escritor deveriam ser entendidas como uma “operação publicitária”.
Em seu novo romance, intitulado Caim, Saramago recria com tintas irônicas a história de Caim, o filho de Adão e Eva que, por despeito, matou o próprio irmão, Abel. No lançamento oficial, o autor de Ensaio sobre a Cegueira aproveitou para se referir de forma ácida aos textos que os católicos consideram sagrados:
– A Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana. Sem a Bíblia, um livro que teve muita influência em nossa cultura e até em nossa maneira de ser, os seres humanos seriam provavelmente melhores.
Saramago disse ainda que não esperava causar polêmica entre os católicos – “porque eles não leem a Bíblia”. Fez, porém, um adendo:
– Admito que o livro pode irritar os judeus, mas pouco me importa.
O rabino Elieze du Martino, representante da comunidade judaica de Lisboa, respondeu que os judeus não iriam se escandalizar com esse nem com outros textos.
– Saramago desconhece a Bíblia e sua exegese – alegou. – Faz leituras superficiais da Bíblia.
Não é a primeira vez que autor de Jangada de Pedra entra em conflito com autoridades religiosas. Em 1992, ele causou furor com o romance O Evangelho Segundo Jesus Cristo, no qual Jesus vivia um caso de amor com Maria Madalena e aparecia como um sujeito que era usado por Deus na tentativa de ampliar seu poder no mundo. Pouco depois, Saramago deixou Portugal e foi morar em Lanzarote, no arquipélago espanhol das Canárias.
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