A nota de Eduardo Pegurier no site ecocidades chamou atenção. Ele divulgou o vídeo do geógrafo Hans Rosling, um especialista em transformar estatísticas em apresentações empolgantes, o qual aborda a situação econômica do mundo e as expectivas para um planeta que já alcançou os 7 bilhões de seres humanos.
Segue a nota na íntegra e o vídeo abaixo.
Chegamos a 7 bilhões. E agora?
Por Eduardo Pegurier, em 23.01.11
Cruzamos, em 2010, o limiar de mais um bilhão de humanos e estamos divididos em quem veste sandália, anda de bicicleta, compra carro e pega avião nas férias. Usando essas 4 categorias, Hans Rosling, um especialista em transformar estatísticas em apresentações empolgantes, ilustrou a situação econômica do mundo e falou dos próximos 2 bilhões de pessoas que virão.
Rosling é fundador do Gapminder, cuja missão é transformar dados vitais sobre países e indicadores sociais em gráficos. Em uma apresentação mais antiga, ele mostrou um sucesso notável da humanidade. Desde 1970, a parcela de miseráveis, aqueles que vivem com menos de 1 dólar por dia, caiu de 38% da população, ou 1,4 bilhão de pessoas em relação a um total de 3,7 bilhões, para 19% em 2000, ou 1,2 bilhão de um total de 6,3 bilhões. Nesse perído, o número absoluto de miseráveis foi reduzido em apenas 200 milhões de pessoas, mas a chance de nascer nessa situação limite caiu pela metade.
A projeção para 2015 é que caia pela metade de novo, para 10% da população, ou 700 milhões de pessoas de uma população total em direção a 8 bilhões.
No vídeo abaixo, ele fala do crescimento populacional e dos padrões de riqueza. Mostra que hoje, em 2011, estamos assim:
* 1 bilhão estão muito bem morando nos países desenvolvidos. Andam de avião nas férias.
* 1 bilhão estão chegando lá. Querem comprar um carro.
* 3 bilhões estão saindo da pobreza. Já conseguem adquirir uma bicicleta.
* 2 bilhões continuam pobres. Ainda estão de sandálias.
O crescimento populacional que ocorrerá nas próximas 4 décadas até 2050 virá dos 2 bilhões de pobres, cuja população dobrará. Eles ainda têm muitos filhos e uma mortalidade infantil entre 20 e 40%. Nesse período, a China se tornará um país rico e os países em desenvolvimento mudarão de patamar de consumo. Assim, os grandes problemas do mundo se resumem em duas categorias:
* Se o mundo não abraçar tecnologias verdes, explode.
* É preciso tirar os 2 bilhões na rabeira da situação de pobreza, pois quando a renda aumenta o número de filhos por mulher cai.
Mas esse texto não conta tudo. Não perca o vídeo (em inglês, com legenda em 35 línguas, inclusive, claro, português)
domingo, 23 de janeiro de 2011
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